Concluiu em Budapeste o 2.º Colóquio organizado pela AIL e a Universidade ELTE de Budapeste, que neste ano reuniu especialistas nos estudos africanos de língua portuguesa.

A relevância do Colóquio foi marcada já de início pela presença na sessão de abertura de Lizeth Nawanga Satumbo Pena, Embaixadora de Angola; Jorge António Mendes, Embaixador de Portugal, e representantes do Ministério da Educação Húngaro e do Reitor da Universidade ELTE, além do presidente da Associação Internacional de Lusitanistas e o Diretor do Departamento de Língua e Literatura Portuguesas o vogal da AIL e responsável pela organização, Pál Ferenc.

Na parte científica, o encontro foi definido pela comissão científica formada por Laura Cavalcante Padilha, Roberto Vecchi e Petar Petrov, e coordenada por Raquel Bello, editora da revista Veredas.

As sessões previstas no programa prolongaram-se em intensos debates em que foram colocadas questões fundamentais para os estudos africanos de língua portuguesa, fundamentalmente em todo o relativo às fronteiras entre disciplinas, aos métodos de estudo, à periodização e ao levantamento documental. Neste sentido, deve ser sublinhada a presença de investigadoras e investigadores de áreas diferentes como os Estudos Literários, a Ciência Política, a Sociologia, o Audiovisual, entre outras, que dotaram o debate de maior profundidade.

E houve tempo também para discutir o papel que diferentes instituições –Universidades, Associações, organizações internacionais lusófonas- devem desenvolver à hora de facilitar a constituição de uma esfera de estudos lusófonos transnacional e abrangente.

Como na primeira edição dos colóquios de Budapeste, nesta segunda, as pessoas que participaram foram convidadas a submeterem os seus trabalhos à revista Veredas para a preparação de um especial sobre estudos africanos, na linha do recentemente editado sobre estudos do Barroco e a Ilustração.

Tornou-se evidente ao longo dos dois dias de discussão que é necessário estabelecer uma rede de estudos que permita a troca efetiva de informação. Neste sentido, a AIL, através do seu site prevê a implementação de foros temáticos específicos que sirvam para o estabelecimento de contactos entre investigadoras e investigadores que partilhem tópicos, metodologias e interesses.

 

Veja alguma referência do 2º colóquio de Budapeste nos mídia lusófonos: http://observatorio-lp.sapo.pt/pt/noticias/investigadores-em-budapeste-para-debater-estudos-sobre-africa-lusofona